Ver placas fotovoltaicas agrupadas sobre as águas já é um cenário cada vez mais comum no mundo, inclusive no Brasil.
Com enorme potencial de aplicação e diversas vantagens técnicas, as instalações de usinas flutuantes cresceram nos últimos anos e devem continuar ganhando espaço.
Para 2030, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) estima um total de 400 GW em capacidade mundial instalada de solar flutuante.
Pensando nessa crescente tecnologia, separamos tudo o que você precisa saber sobre esse modelo geração de energia solar. Entenda!
Como funciona uma usina solar flutuante?
Antes de mais nada, vale ressaltar que as usinas solares flutuantes são uma tecnologia relativamente nova, sendo que a primeira foi construída em 2007 na cidade de Aichi, no Japão.
Uma usina solar flutuante gera energia assim como uma usina solar em terra, porém instalada sobre a superfície da água.
Para isso, é necessário a utilização de flutuadores, que são as estruturas que suportam os módulos (placas) solares sobre a água.
Uma placa fotovoltaica pode pesar até 25 kg, por isso essas estruturas devem ser bem resistentes.
Existem dois tipos de modelos de flutuadores em uso hoje:
Flutuadores puros
Fabricados com plástico reforçado com fibra de vidro, eles são especialmente projetados para receber diretamente as placas.
Flutuares com suporte de metal
Utilizam uma base flutuante em conjunto com uma estrutura de suporte de metal, no qual é fixado o módulo.
Com os módulos ligados em séries, todo o arranjo fotovoltaico é conectado à subestação através de cabos que podem ficar sobre ou debaixo d’água.
Em projetos maiores, a subestação também é alocada sobre a água com o uso de flutuadores especiais, enquanto em projetos de pequeno porte, próximos à margem, ela fica localizada em terra.
Nesse local se encontram os inversores solares, responsáveis por adaptar a energia gerada pelas placas para os padrões da rede elétrica. Depois disso, a energia já está pronta para atender o consumo elétrico local.
Vantagens das usinas flutuantes
1. Eficiência energética
Embora sejam resistentes e funcionem até mesmo em regiões áridas, as placas solares, assim como qualquer dispositivo eletrônico, perdem eficiência conforme o aumento da sua temperatura.
Nas usinas flutuantes isso não acontece, pois a proximidade com a linha d’água resfria os módulos, que obtém maior desempenho e geram mais energia.
2. Liberação de terras
Essa é uma das principais vantagens desse modelo de geração de energia. Isso porque, as grandes usinas solares ocupam muito espaço em terra, que poderia estar sendo utilizado para agricultura ou até mesmo para construção de moradias.
Além disso, agrega ainda mais sustentabilidade aos projetos solares, pois elimina a necessidade de remoção de árvores para a instalação das grandes fazendas solares e a supressão da vegetação rasteira devido ao sombreamento dos módulos.
3. Reduz evaporação da água
Esse é um benefício bastante útil em áreas suscetíveis à seca, como áreas de irrigação ou mesmo reservatório de hidrelétricas.
Em climas áridos como o da Austrália, por exemplo, foi registrado uma redução de 80% da evaporação da superfície coberta.
Além disso, o sombreamento resfria a água, que no caso de lagos e represas, ajuda a evitar a proliferação de algas prejudiciais.
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